A interação de diferentes artes sempre nos encanta, ainda mais quando se trata de fotografia e tipografia de muito bom gosto. Com edições e tipografias vintage, o fotógrafo e designer Gokhun Guneyhan viaja para diversos lugares da Europa fotografando com o olhar atento as belezas de cada cidade, criando a série de cartões postais Cities & Typography. As tipografias são estilizadas com pequenos detalhes que ressaltam os costumes de algumas cidades, deixando a arte final cada vez mais linda e encantadora.
Nessa quarta-feira, dia 02, tive o prazer de conferir na Fliv, Festival Literário de Votuporanga, a companhia de dança dos Estados Unidos, Bill Young / Colleen Thomas Dance performando seu espetáculo chamado For Want.
O grupo já se apresentou em vários países como Estônia, Alemanha, Áustria, Eslováquia, Hungria, Portugal, Taiwan, Peru e Venezuela. Passando no Brasil para fazer um pequeno tour, se apresentaram em Salvador, São Paulo e São José do Rio Preto.
Foto/Instagram - lucasguarnieri
A apresentação que vi dos nova iorquinos, é marcada pela fisicalidade e movimentos que se chocam uns aos outros em uma intensidade e urgência em paralelo à partes calmas e pacatas que beira o existencialismo humano. Estive conversando com os integrantes do grupo que afirmam que sua apresentação é baseada em contatos, de interações humanas abstratas e intensas. Em um mix de impulso físico com uma pitada de representação emocional, a Bill Young apresenta movimentos sugestivos sexuais, gritam em cena, e segundo um integrante do grupo: "esses gritos podem significar dor, ou podem significar êxtase, ou até mesmo dor misturada com êxtase."
A apresentação carrega consigo uma espécie de performance circense sem o espaço físico. Entre saltos, a coreografia baseada no contato das relações humanas é realizada de forma tão intensa que pude perceber nos bastidores que eles se desculpam pelos choques dos corpos.
A companhia apresentou quatro peças numa mesma sessão, começando por um par de trabalhos para homens: primeiro um trio masculino, Idle, seguido de Damsel, um trabalho mais silencioso de Colleen Thomas para um solista que se move contra obstáculos que ele sente à sua frente enquanto tropeça sobre aqueles que vem de dentro. Outro integrante afirma que é como se cada integrante do grupo, tivesse dentro de si, milhares de outras pessoas tentando se expressar por forma do contato humano.
O intercâmbio ao redor do mundo e a notoriedade conquistada aos poucos, conquista desde o público mais leigo (eu) até críticos de dança moderna. E para quem não teve a oportunidade de assistir as apresentações feitas na curta estadia do grupo no Brasil, aqui vai um vídeo:
Apostando cada vez mais alto na interatividade a cada temporada, a nova investida da Prada para promover sua coleção primavera/verão 2012 fica por conta de uma série de gifs animados, desenvolvidos em parceria com o designer armênio Vahram Muratyan, que ilustra óculos, bolsas e outros itens-desejo da coleção de forma bem lúdica e com influências estéticas de um minimalismo retrô, mas com toque todo contemporâneo. A série, intitulada Parallel Universes, foi lançada essa semana no site oficial da grife e conta ao todo com doze gifs, cujo resultado, falando de Prada e de todas essas referências em conjunto, não poderia ser menos incrível. Veja:
Quando falamos de Andy Warhol, você pode associar seu nome de primeira a seus trabalhos mais notórios, como serigrafias, ilustrações, filmes experimentais e a colaboração com o Velvet Underground. Mas dentre as várias formas de arte com as quais Andy, artista multitarefa que era, flertava, era na fotografia que sua sensibilidade e visão do mundo se revelavam em uma sinergia perfeita: simples, clara, livre de uma interpretação complexa. Andy tinha uma paixão confessa por sua Polaroid big shot, e com ela fazia desde imagens de objetos e coisas randômicas do dia-a-dia a retratos de grandes nomes do rock, atrizes de Hollywood, membros da realeza e personalidades de diversas áreas - nem mesmo Pelé ficou de fora dos cliques assinados por Warhol, só pra ter uma ideia. Todas imagens tem em comum entre si o clima de espontaneidade que se dava entre Andy e seus modelos, e por mais diferentes que aparentem ser uma da outra, o que não dá pra negar é que cada uma, se escolhida ao acaso, poderia ser facilmente promovida ao status de ícone. Veja alguns de seus mais famosos cliques depois do pulo.
A cada temporada a ideia de aliar som, imagem, movimento e inovação a publicidade de moda vem ganhando cada vez mais força e conquistando seu espaço entre as marcas. E seguindo essa linha, a multimarcas Selfridges se uniu a sete grifes de peso para divulgar sua Women's Designer Galleries, novo espaço feminino da loja, em uma série de curtas que retratam a visão da mulher moderna sob o olhar de cada designer. Desenvolvidos pelas grifes A.F. Vandevorst, Alexander McQueen, Ann Demeulemeester, Comme des Garçons, Dries Van Noten, Rick Owens e Gareth Pugh, que encarnou sua própria versão da diva hollywoodiana Liza Minelli, cada curta se baseia na imagem feminina enquanto símbolo de independência e fonte de inspiração, mostrada de forma livre e criativa. E o resultado? você confere na íntegra logo aí abaixo, assista e eleja seu favorito:
Com muito capricho, delicadeza e paciência, a artista inglesa Dana Tanamachi faz incríveis tipografias usando apenas giz em um quadro negro. Sua arte Old School vem ganhando grande repercussão no mundo e encantando a todos com seu gigantesco talento. Não é a toa que um dos seus mais recentes trabalhos, foram para estampar a revista da Oprah, que está sendo muito elogiada por todos. Pra ter uma ideia de como funciona a parte da criação, assista um de seus vídeos em stop motion onde ela cria um de seus trabalhos.
Pra conhecer mais o trabalho, entre no site dela, ou sem seu canal no Vimeo. Vale o clique!
Veja mais algumas de suas tipografias no continuar do post.
Pra comemorar seus 15 anos de um jeito diferente e criativo, a Colette se juntou ao ilustrador Darcel Disappoints na criação de uma série de 150 retratos em homenagem aos nomes que fizeram parte da história da multimarcas francesa. De Coco Chanel a David Lynch, vários ícones da moda, da música e do cinema como Andy Warhol, Björk, Carine Roitfeld, Jack White, a blogueira Tavi e Terry Richardson também ganharam suas versões darcelizadas, olha só:
Irving Penn é um fotografo norte-americano nascido em 1917,
Penn graduou-se em Design com ênfase em anúncios no Philadelphia Museum School
of Art, tendo como mentor Alexey Brodovitch. Quando retornou a Nova Yorke na
década de 40, foi chamado pelo próprio Brodovitch para trabalhar na Harper’s
Bazaar, revista de moda feminina concorrente da Vogue, onde atuou como Office
Boy e aprendiz. Desistiu de um trabalho como diretor de arte na Saks, luxuosa
loja da Quinta Avenida para ir ao México com o objetivo de descobrir se era um
bom pintor. Quando retornou a Nova Iorke em 1943, convicto que não era tão bom
em pintar, foi contratado por Alexander Liberman para trabalhar na Vogue.
Entretanto, seu trabalho ali não era clicar, e sim opinar e idealizar
fotografias para as capas da revista.
Edição da Vogue de 1950 por Irving Penn
Seu estilo característico de clicar composições de natureza morta foi introduzido nas capas da Vogue e ganhou notoriedade por isso. O fotografo já teve o prazer de fotografar Pablo Picasso, Truman Capote, S.J Perelman, Kate Moss e Gisele Bundchen, cuja foto foi leiloada por 193 mil dólares. Irving Penn morreu em 2009, aos 92 anos, em sua casa em Nova Iorke, deixando seu legado não apenas no mundo da moda, mas em todas as áreas.
Arian Behzadi é biólogo e nas horas vagas, um designer de mão cheia. Suas ilustrações são um misto de pinturas com colagens, que dispensam qualquer tipo de introdução e são um banho de inspiração pra quem gosta de arte num geral. Transformar jornais velhos, imagens, personagens de filmes e outros em arte é seu hobby. Pra conhecer mais o trabalho de Arian e ver outras de suas ilustrações, dá um pulo lá no flickr dele e confira.
O dripping é uma técnica de pintura desenvolvida por Jackson Pollock, que resumindo grosseiramente consiste em deixar pingar tinta sobre a tela. O que parece ser fácil, uma verdadeira bagunça de criança, requer técnica e controle, para que os meros respingados tomem forma e se interliguem em uma harmonia sútil.
Pollock que foi um importante nome do expressionismo abstrato e deixou um imenso legado. Atualmente várias residências optam por ter uma forma de dripping na parede de casa. Fazer por conta própria é algo prazeroso também, jogar tinta na parede e observar as cores tomarem formas é uma outra escolha.
O artista as vezes fechava os olhos na execução de seus quadros e ao invés de desenhar ou pincelar, derramava tinta liquida sobre a tela ou então passava de bicicleta por cima das tintas molhadas, uma espécie de "automatismo consciente" que Pollock afirmava estar ciente de tudo que estava fazendo. "Quando pinto, tenho uma noção geral do que estou fazendo. Posso controlar o fluxo de tinta. não há acidentes, assim como não há princípio nem fim."
Vahram Muratyan é um designer francês, que após perambular por Paris e Nova York atento aos detalhes, belezas e costumes de cada cidade, criou um blog onde postava uma série de ilustrações que ressaltavam as diferenças e peculiaridades de cada cidade. O blog teve uma repercussão tão grande que Vahram está lançando esse mês o seu livro, "Paris vs New York - a tally of two cities". Com uma visão simples e diferenciada, o livro traz 224 páginas com ilustrações bem humoradas e coloridas, que para os moradores e amantes das duas cidades, é um baita presentaço! O livro já está disponível na Amazon, na pré-venda e custa 14 dólares. E eu já quero um! Dá uma passada lá no blog dele, vale o clique.Confira algumas ilustrações no continuar do post.
Esses dias falamos aqui um pouco sobre o trabalho da ilustradora britânica Quentin Jones. E pra vocês que assim como a gente adoraram o trabalho dela, a novidade é que Quentin foi recrutada por Victoria Beckham para assinar o vídeo da coleção de estreia da "Victoria", sua segunda label (que aliás tá fazendo bastante sucesso entre as inglesinhas com sua proposta mais jovem). Com várias colagens e recortes ao longo do curta, todo em stop motion, o resultado ficou bem divertido e não dispensa uma conferida, olha só:
Em um misto de delicadeza, minimalismo e surrealidade, as ilustrações da designer britânica Quentin Jones, estão dando o que falar. Além de ilustrações, Quentin também produz vídeos animados com seus trabalhos, que vem sendo cada vez mais requisitados na industria da moda. Tanto que já tem projetos desenvolvidos com Victoria Beckham e Chanel, entre outros. Seu trabalho mais recente, foi na companhia do fotógrafo Niclas Heikkinen e a estilista Agata Belcen em um editoral para a revista Glass. Confira algumas fotos do editorial e um de seus vídeos no continuar do post.
Você já tentou imaginar como seria seu ano de 2012 resumido em apenas uma foto a cada dia? pode parecer algo desafiador, mas essa é a ideia do 366 project, uma ação promovida entre amantes da fotografia que consiste em registrar detalhes e situações ao longo do ano em um clique por dia e compartilhar em seu blog, flickr, instagram ou nas redes sociais, criando assim uma espécie de diário fotográfico. O mais legal de tudo? todos podem participar. E não, não precisa ter uma boa câmera profissional para isso, afinal a ideia é democrática e tudo é válido. Celular, câmeras compactas, profissionais, lomos ou até mesmo aquela pinhole artesanal que você fez.
Se o que faltam são ideias na hora de fotografar, se permita inspirar em tudo que está a sua volta, desde sua estante de livros e cds até seu bicho de estimação ou um momento especial entre amigos ou com sua família. Clique aqui pra conferir a lista cheia de idéias que encontramos pra você fotografar.
Eu, como apaixonado por fotografia, não poderia deixar de fazer. Estou adorando o projeto, a cada dia me inspiro mais pra fotografar. Dica: Sai andando pela sua casa, quando você menos espera, acaba achando algo legal pra fotografar. Aqui vai o link do meu Flickr pra quem quiser acompanhar.
Gostou? então pegue a câmera mais próxima a você e comece hoje mesmo!
Já parou pra imaginar como seria um editorial de moda sem fotógrafos, modelos, stylists e afins? pois essa é a proposta da Herself Magazine, que em suas publicações bianuais foge ao óbvio e traz em seus editoriais ilustrações de ícones femininos não só da moda como também da história (pense em Kate Moss, Frida Kahlo e até mesmo Maria Antonieta) usando o melhor das últimas tendências internacionais. Quem está a frente do projeto é a Lula, que também conta e ilustra de forma bem humorada em seu blog como funciona o processo de edição. Confira aqui no continuar do post uma seleção de ilustras do editorial-recheio da edição de estreia.
Você com certeza já viu pelo menos uma dessas imagens, não é? Isso é Pop Art! Tendência artística nascida no início dos anos 50 que busca referência em assuntos diferentes, porém comuns ao nosso cotidiano. Utilizando novos materiais, misturando fotografia, cenas de tv, pintura, colagem, escultura, assemblage, o pop art é o marco da passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental. As colagens e repetições de imagens em série, são características das obras e os temas são os símbolos e os produtos industriais dirigidos às massas urbanas.
Basicamente, a proposta do movimento era admitir e criar um contraponto à crise nas artes que assolava o século XX. Com suas obras, os artistas queriam demonstrar a massificação da cultura popular capitalista. Não se trata de uma crítica ao consumismo, mas sim um comentário que tenta resgatar a função da arte como participante do nosso dia-a-dia, dando significado à existência humana contemporânea, à "vida da maioria".
Um dos principais artistas que representam essa corrente é o pintor e cineasta Andy Warhol, que nos anos sessenta começou a pintar desde produtos americanos famosos, como latas da sopa Campbell's e Coca-Cola a ícones célebres de popularidade, como Marilyn Monroe. Aliás, é da autoria de Andy a expressão "um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama". O POP É ARTE. A ARTE É POP!
