E com o fim dos desfiles da temporada internacional, vamos ao resumo do que rolou nas passarelas parisienses para o inverno 2012:
ALEXANDER MCQUEEN
Depois dos boatos que deram conta de que a grife é a responsável pelo vestido de noiva da futura princesa Kate Middleton, nada mais natural que a proposta de Sarah Burton para esse inverno venha sob ares de realeza, com uma certa dose de imponência e glamour combinadas ao DNA forte e altamente inspirador característicos de McQueen (e que aliás Sarah está conseguindo preservar como ninguém), com peças ricamente trabalhadas, estruturadas e com uma cartela de cores bem neutra, dignas de vestir uma verdadeira rainha.
BALMAIN
Parece que essa onda minimalista e sóbria do inverno vem influenciando até mesmo as coleções mais aguardadas e mais conhecidas pelo seu DNA forte e por lançarem tendências em potencial, e com a Balmain não foi diferente. Para esse inverno, toda a rebeldia, os excessos e o peruísmo das últimas temporadas parecem ter ficado pra trás, aparecendo só em doses bem sutis nos blazers metalizados e nas pedrarias e paetês das jaquetas e dos vestidos pra dar um toque a mais nos looks, que vieram bem monocromáticos e mais trabalhados no mais-do-mesmo que na atitude forte e provocativa mostrada nas coleções anteriores.
DIOR
Com todo o escândalo e comoção envolvendo o caso John Galliano, não era à toa que o desfile da Dior fosse um dos mais aguardados. Galliano se foi, mas deixou para trás marcas do seu legado numa coleção realmente incrível, elaborada e de múltiplas inspirações, que iam desde o drama dos anos 20 à boemia da década de 70 explorando ainda o universo dos piratas, temática que Galliano tanto amava. Na passarela, o glamour e o maximalismo predominaram nos múltiplos conceitos que se mesclavam, desde o mix de peças
couture com o grunge ao militarismo, criando composições bem interessantes. Uma coleção fantástica e inspiradora, que só confirma o quanto o talento e a genialidade das criações de Galliano farão falta no mundo da moda daqui por diante.
LOUIS VUITTON
O inverno proposto por Marc Jacobs para a LV vem numa vibe bem fetichista, trazendo além de um casting poderoso com direito até a nossa musa Moss glamourizando e fumando na passarela a um cenário imponente montado para o desfile que mais lembrava um Grand Hotel, com direito a elevadores antigos e porteiros vestidos a caráter, e a uma coleção com forte apelo sexy e pitadas de maximalismo, que ficou bem nítido nos mix de diferentes materiais, nas peças estruturadas, no uso de botões grandes e também no contraste entre comprimentos: ora os looks vinham com calças ou saias mais longas, ora com hotpants.