
Que os desfiles da Louis Vuitton sempre criam todo um clima de fascínio em termos de line-up parisiense já não é lá novidade, mas a forma como Marc Jacobs se reinventa a cada temporada e conduz o espetáculo com a maestria de um artista completo é algo que habita nosso imaginário e, quando entra em cena, nos convida a mergulhar em uma dimensão paralela. E dessa vez não podia ser diferente, mas a coleção e o show em si prometiam bem mais que algo marcante apenas no visual.

Abrindo o desfile, uma atmosfera clássica e nostálgica se criou na passarela quando um trem desembarcou em pleno Cour Carrée transformado em uma estação, parecendo vir direto de uma época perdida no passado e repleto de memórias visuais e afetivas. O que suas locomotivas reservavam para o show era algo que alimentava ainda mais o suspense de uma plateia apreensiva.

Dele, modelos saíam elegantemente vestidas em impecáveis casacos abotoados em broche, vestidos e conjuntos de formas amplas em tons terrosos ou em estampas, combinados a imponentes chapéus e a carregadores uniformizados que as acompanhavam trazendo suas bagagens de tons neutros e traços limpos ou monogramadas, resgatando na imagem de uma sofisticada viajante no tempo todo o luxo e allure de outrora.

De todos os desfiles da temporada, este não só conquista lugar entre os highlights e, por consequência, vem como um termômetro de tendências que se confirmam, mas deixa sua marca também ao despertar emoções e sensações que se transcendem e fazem com que o fator desejo das peças soe apenas como uma parte relevante em todo o conjunto da obra.
Veja o desfile completo na íntegra: