quinta-feira, 3 de maio de 2012

For Want - Bill Young / Colleen Thomas Dance


Nessa quarta-feira, dia 02, tive o prazer de conferir na Fliv, Festival Literário de Votuporanga, a companhia de dança dos Estados Unidos, Bill Young / Colleen Thomas Dance performando seu espetáculo chamado For Want.

O grupo já se apresentou em vários países como Estônia, Alemanha, Áustria, Eslováquia, Hungria, Portugal, Taiwan, Peru e Venezuela. Passando no Brasil para fazer um pequeno tour, se apresentaram em Salvador, São Paulo e São José do Rio Preto.

Foto/Instagram - lucasguarnieri
A apresentação que vi dos nova iorquinos, é marcada pela fisicalidade e movimentos que se chocam uns aos outros em uma intensidade e urgência em paralelo à partes calmas e pacatas que beira o existencialismo humano. Estive conversando com os integrantes do grupo que afirmam que sua apresentação é baseada em contatos, de interações humanas abstratas e intensas. Em um mix de impulso físico com uma pitada de representação emocional, a Bill Young apresenta movimentos sugestivos sexuais, gritam em cena, e segundo um integrante do grupo: "esses gritos podem significar dor, ou podem significar êxtase, ou até mesmo dor misturada com êxtase."

A apresentação carrega consigo uma espécie de performance circense sem o espaço físico. Entre saltos, a coreografia baseada no contato das relações humanas é realizada de forma tão intensa que pude perceber nos bastidores que eles se desculpam pelos choques dos corpos.



A companhia apresentou quatro peças numa mesma sessão, começando por um par de trabalhos para homens: primeiro um trio masculino, Idle, seguido de Damsel, um trabalho mais silencioso de Colleen Thomas para um solista que se move contra obstáculos que ele sente à sua frente enquanto tropeça sobre aqueles que vem de dentro. Outro integrante afirma que é como se cada integrante do grupo, tivesse dentro de si, milhares de outras pessoas tentando se expressar por forma do contato humano.

O intercâmbio ao redor do mundo e a notoriedade conquistada aos poucos, conquista desde o público mais leigo (eu) até críticos de dança moderna. E para quem não teve a oportunidade de assistir as apresentações feitas na curta estadia do grupo no Brasil, aqui vai um vídeo:



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