sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Lana Del Rey - Born To Die
Faltando menos de uma semana para o lançamento, Born To Die, primeiro álbum da cantora americana Lana Del Rey caiu na rede. Mesmo com as leis rigorosas de pirataria, nós baixamos e ouvimos, aliás, faltava pouco do que eu ouvir, porque pelo menos a metade das canções já estavam circulando na rede a tempos, e nós com certeza, iremos comprar esse álbum.
Falo no plural, porque a maioria da nossa equipe assina em baixo quando falo da Del Rey. Nas polêmicas, escolhemos estar do lado das músicas, sabemos que o estilo de Lana é oito ou oitenta, ame ou odeio, sem rodeios. Então, não nos importamos da procedência e muito menos das consequências da cantora. Não damos a minima pra quem financiou sua carreira, se foi moldada por gravadoras, a mudança na aparência... só queremos ouvir boa música, e isso ela faz de bom.
Quando as primeiras músicas vazaram na rede, lembro de ter primeiro ouvido Diet Mtn Dew de imediato, a melodia e a letra foram isca e anzol, uma isca irresistivel, me fisgou. A história da mulher que estava com um homem que aparentemente não era tão bom para ela foi uma das versões que ganhou uma repaginada para o trabalho final e oficial. Como foi a primeira que ouvi não-oficial, foi a primeira que ouvi oficialmente, porque soube que tinha mudado bruscamente, e minha curiosidade de esperar até chegar nela foi maior, coloquei pra tocar. Resultado? Não gostei. Me arrependi de ter ouvido a versão não-oficial, se eu não tivesse feito a essa altura estaria amando essa nova cara com novas batidas, um piano mais frequente e um ritmo beirando hip hop.
Logo após ouvir Diet Mtn Dew fiquei com medo das outras terem mudado também, mas resolvi tocar o álbum inteiro. Alívio de ter percebido que nada até então havia mudado de drasticamente, apenas uma decepção.
Lizzy Grant, verdadeiro nome de Del Rey, repaginou seu visual por completo, cuidou melhor dos cabelos, recebeu uma dose generosa de botox nos lábios e assumiu um estilo vintage impecável, o Born To Die teve o mesmo tratamento. Ficou mais classudo. O começo de National Anthem me linkou a algo imperial, como o coroamento de um rei ou rainha, os fogos e gritos ao fundo reforçam a minha ideia. Lana criou seu império, com ajuda ou não, a cantora não soube definir o estilo de seu reinado na primeira tentativa.
O álbum vagueia pelo Indie, tem traços do Hip Hop, chega ao POP com a faixa-bônus Lolita e em momentos cumpre a auto intitulação de uma "gangsta Nancy Sinatra".
Das novas músicas a que se destacou foi "Dark Paradise" essa mistura do doce com batidas fortes e vocais potentes trazem sensações de poder. O que ilustra bem a atual situação de Lana, que nos primórdios com apenas três músicas conhecidas já se apresentou em alguns pubs na Europa, nos famosos hotéis Chateau Marmont Hotel e Corinthia Hotel, ambos em Londres, e recentemente no Saturday Night Live, já conseguiu grande notoriedade, incontáveis capas, e o apoio de várias magazines que apostam que seu álbum será um dos melhores do ano.
Todos perguntam até quando sua carreira vai durar, até quando a garota riquinha vai querer brincar de fazer música. Não se sabe, mas confesso que imagino esse álbum daqui uns 20 anos, e sendo cultuado por gerações posteriores que buscam para si, refúgio no retrô, porque se nos dias atuais, Lana resgata traços dos anos 60 e 70, digamos que sua música já nasceu vintage.
O álbum é bom, vale aquela conferida de mente aberta, vale assistir as apresentações ao vivo, vale também pular a apresentação no SNL que foi vergonhosa, aliás, se tem um ponto franco na carreira da cantora, certamente são as apresentações Live, por ser nova no ramo, a insegurança e o nervosismo a dominam ao ponto de dar uma entrevista para os espectadores não esperarem tanto das performances de sua primeira turnê.
E você? Gostou do Born To Die?
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